Champanhe

No silêncio tenso e penumbroso de um quarto, os lábios semiabertos procuram ansiosos pelo primeiro beijo.

Vagarosamente os corpos se desnudam, se tocam, se descobrem. A mão atrevida passeia pelas curvas e partes íntimas, levando ao cérebro mensagens sensuais, proporcionando prazeres indescritíveis.

Nesta guerra delirante onde lábios e corpos se digladiam, tem o seu final. Os corpos se desgrudam e a mão, outrora atrevida, relaxa. Os olhares desconfiados se cruzam, um sorriso sarcástico acontece e os lábios gélidos e secos brindam, com o consentimento dos corpos ofegantes, uma taça de champanhe.

Os fumantes asseguram que um cigarro após, complementa o prazer.

Sugiro ouvir uma bela canção.

Abilio, 1⁰ mar 2012

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